sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Pequena morte em francês

Depois de ter relido o suprassumo do que já vai acontecer amanhã no jornal de ontem, vou viajando na  própria agonia de reinstalar os dados que já foram jogados. A sorte, que foi lançada sobre a mesa me diz a direção que não deveria nem pensar em seguir ,mas por motivos biviários de plenitude interior o primeiro passo é dado! logo para o ermo lugar... aquele mesmo lugar que não deveria ir.
 É sem pé nem cabeça o passo dado, e já preso num transe de volts platinados de medo e azar, vai-me apalpando o cheiro bom de tentativa.Pode me queimar a carne ,mas eu não vou ficar!  Parte-me o osso, mas aqui -meu caro- não vou ficar. Não se pode resistir a seus sonhos, não se deve lutar contra aquilo que te move. é como parar o ar de pensamento do primeiro pulmão que puxa respirar. É tão inalcançável parar de querer que me lembra aquele velho escafandro dormindo nas Marianas, como aquele capacete repousando no lado escuro da lua Hollywoodiana... não vou parar! até que me reste só a lembrança e o exemplo.  não é parado que se encontrar aquilo que só está a um passo de distancia, pois não é de jogo e sim da vida que estou falando, o tempo encravado nos meandros de viver é doce no final, o algoz que mostra a cara no fechar dos olhos na verdade sempre quis o abraço e a compreensão que o mais imperfeito insatisfeito jogral é igual a cabaça que acaba de cair da arvore. Precisa se  abir, precisa esvaziar e quem sabe se encher do que te cerca,  até do lado esquerdo do ombro, quem sabe?
E o passo preso envolvido pela penumbra da carne aberta, se rejeita a ir... então o osso seco, o osso molhado, o osso todo enrolado de vontades vai se erguendo e esgueirando a carne! Dando o passo já sem mim, abraçando o sem os braços o que estava a esperar no outro passo. Chegando lá se vê que o que estava lá chama aquilo está por vim... o outro passo.
De pedaço em pedaço vou montando os sonhos com restos de mim mesmo. completando os vazios com vitorias e pequenas mortes francesas.

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