quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Queria sambar.

Um bom samba selvagem escapa dos bares de Sampa. Uma firula melódica que me alista e alisa o peito molhado de suor  misturado com uma colonia barata que comprei , la na farmácia de Felix - Glorioso senhor Felix, ele sempre me deseja sorte - Todo armado com verbos e adjetivos, sai pra caçar o trovejar de tua voz bem baixa. Tu, um mistério do normal me dizendo que o tempo ia piorar e o samba iria acabar. Me disse que uma banda sem musica iria chegar e não tocaria mais nada. Achei de boa, queria apenas olhar pra teus olhos e ver as verdades que escorriam e caiam no teu drink que nem me lembro o nome... só  me recordo do minusculo guarda-chuva encharcado de luxuria. Tu ri, a banda vai simbora e finalmente sinto tua voz esbravejar... mas só sinto mentiras e o que escorria na real ... era o reflexo de Cartola e um pouco de Martinho. Maldito espelho. Só queria sambar contigo, não com os mestres.

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